sábado, 21 de agosto de 2010

Nas nuvens...

Escrevo esse post da nossa terra amada...Brasil!
Com o coração grato, por rever pessoas queridas e por relembrar a garra de um povo, memórias que já estavam adormecidas em minha memória.
Tanta gente diferente, raças e etnias se misturam numa multidão que caminha frenéticamente, uns sorrindo, outros cabisbaixos, outros simplesmente caminhando...
Povo que batalha sua vida diária, se escondendo da violência e deixa claro sua indignação com a falta de pudor e justiça de nosso país.
Me deparei com um povo que reclama demais! Reclama por seus direitos, reclama por não ser bem tratado! Reclama por falta de atenção!
Mas entendi e percebi que aqui, se não reclamamos, não obtemos a atenção necessária...
Reclamar, pedir por atenção, contestar, pedir socorro...Entenda como queira, não é fácil.
Só pedimos por atenção quando achamos que merecemos.
Quando nos sentimos lesados por algo.
Voando a mais de 10.000 metros de altitude, ao olhar pela janela contemplei um imenso horizonte, forrado com nuvens que mais pareciam imensos tufos algodões. Naquele momento me recordei de uma passagem muito conhecida, de Pedro andando sobre as águas, para ir ter com o mestre. Muitos o condenam. Não porque ele foi, mas porque ele afundou.
Eu também já o condenei, afinal quem estava diante dele era o próprio Mestre!
Mas voltando a janela do avião...
Me imaginei saindo dali, e andando sobre aquelas nuvens. Parece loucura, mas pensei nisso! E então percebi, quão difícil seria pra mim, deixar uma estrutura sólida de metal, e sair caminhando por sobre o nada...Por sobre aquilo que não me dá segurança nenhuma. Mesmo sabendo que Ele poderia estar lá...
Foi aí que percebi o que Pedro pode ter sentido naquele dia.
Humanos, meros mortais... Mesmo tendo plena consciência da Grandeza Daquele que nos criou, muitas vezes falhamos.
Porém Ele sempre estará diante de nós, nos convidando a dar mais um passo além, superando as nossas próprias expectativas e medos...
Entendi mais uma vez, que julgar é muito fácil, quando não temos a dimensão da dificuldade que o próximo está enfrentando.
Não julguemos pela aparência, mas vamos viver as experiências para ter o que dizer quando alguém ¨afundar¨a nossa frente. Teremos a convicção de mostrar-lhe que o Mestre está com as mãos estendidas para levar-nos de volta ao barco, ao porto-seguro de nossas almas...
Avante, Mulher! Você é forte, muito forte!

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